Todo tutor conhece seu bichinho, seus hábitos, como andam, correm e o quanto gostam de fazer travessuras, principalmente enquanto ainda são filhotes.
Ver seu pet correndo, feliz e saudável é o propósito de todo cuidador que ama e zela pelo bem estar do animalzinho.
Entre problemas de saúde mais comuns em cães, está a luxação de patela. Se você percebeu alguma mudança no andar do seu amigo de 4 patas, esse artigo é pra você!
Luxação de patela: o que é?
O nome parece muito complicado, mas o problema é simples. A luxação patelar é o deslocamento da patela da sua posição anatômica normal. Ou seja, é uma alteração ortopédica muito comum em cães.
Causas mais comuns
A luxação de patela pode ter causa congênita (predisposição genética) ou ser de origem traumática.
A patela pode ser deslocada medial ou lateralmente, sendo a luxação medial congênita mais corriqueira.
A luxação pode ser uni ou bilateral. O grau de deformidade causada irá depender da idade do paciente, do tempo até a correção, por isso é tão importante que o diagnóstico seja rápido e o tratamento eficaz.
Essa doença pode ocorrer por batidas, quedas ou outros tipos de traumas. Fique atento!
Raças mais propensas a desenvolver luxação de patela
É uma alteração comum em cães de pequeno porte, principalmente em animais da raça toy e miniaturas. As fêmeas são mais afetadas que os machos, tanto para luxação medial, quanto para lateral.
As raças mais acometidas são:
- Yorkshire Terrier;
- poodle;
- Chihuahua;
- Shih Tzu;
- Spitz Alemão;
- Lhasa Apso,
- Pug e
- Maltês.
Tipos de luxação de patela
A luxação patelar é classificada em quatro graus, sendo o terceiro e o quarto os mais grave desses.
Grau 1: o veterinário consegue deslocar a paleta do lugar e ela volta automaticamente para o lugar, encerrando o problema sem maior sofrimento para o cãozinho.
Grau 2: a patela sai e volta sozinha para o lugar correto constantemente. Normalmente o cachorro manca com frequência. Apesar de a rótula voltar para o seu lugar, a cirurgia é recomendada para evitar dores e sofrimento para o bichinho.
Grau 3: neste caso, a patela sai do lugar de maneira permanente e é necessário o auxílio de um veterinário para colocá-la no local correto.
Grau 4: a patela sai e desloca-se de maneira permanente, não sendo possível a correção nem mesmo com a manipulação do veterinário. Neste caso, somente com a cirurgia de patela é possível solucionar o problema.
Sintomas e diagnóstico
As alterações clínicas apresentadas pelos animais vão depender do tipo de luxação.
Os sintomas mais comuns incluem: dificuldade ao caminhar e pular, alterações de conformação e quadros de dor. Muitos animais podem demorar a apresentar quaisquer sinais, então mantenha-se atento caso seu cãozinho comece a mancar.
O diagnóstico pode ser realizado através da palpação do joelho, entretanto a radiografia é essencial para observar o grau de deformidade do joelho e presença de osteoartrite da articulação.
Também irá auxiliar muito no planejamento cirúrgico e nos diagnósticos diferenciais, que podem incluir luxação coxofemoral, entorses ligamentares e musculares e necrose avascular da cabeça do fêmur.
Vale lembrar que os animais também podem possuir alterações na articulação coxofemoral, por isso não hesite, a qualquer sinal de que algo não vai bem, procure ajuda.
Tratamento
O tratamento é baseado no grau de alteração patelar, podendo ser clínico ou cirúrgico.
Clínico: baseado na diminuição dos sinais clínicos e quadros de dor, através do uso de anti-inflamatórios, analgésicos, dieta para controle do peso.
Cirúrgico: é, geralmente, utilizado no terceiro ou quarto grau da luxação, que consiste na reconstrução dos tecidos moles e ósseos.
Seja qual for o tratamento, ter um um veterinário de confiança acompanhando o caso é essencial.